Esta informação saiu no G1 e no Jornal Nacional. Uma das espécies mais simpáticas do reino animal está ameaçada de extinção. Como não se apaixonar por essas pequenas criaturas que brilham no escuro? São mais de três mil espécies de vaga-lumes espalhadas pelo planeta. E a maioria delas está no Brasil. Só que está cada vez mais difícil encontrar esses besouros piscando por aí.
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Segundo os cientistas, as principais causas para o desaparecimento dos vaga-lumes são o aquecimento global, os desmatamentos, os agrotóxicos e a maior incidência de luzes artificiais com o crescimento das cidades. Tudo isso contribui para a redução das populações do inseto. Nesse ritmo, num futuro próximo, só será possível avistar vaga-lumes em vídeos antigos ou com uso de inteligência artificial.
Os cientistas chamam de bioluminescência a luz que os vaga-lumes produzem. Ela é resultado de reações químicas produzidas a partir da necessidade do inseto de atrair presas, assustar predadores, ou criar um clima propício para o acasalamento.
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“Eles são bioindicadores de qualidade de ambiente, ou seja, se é um ambiente bem protegido em níveis de poluição luminosa, é um ambiente bem conservado, ele está indicando ali que aquele ambiente é bom para a vida humana e para a vida desses seres também”, afirma Stephanie Vaz, coordenadora para América do Sul para proteção dos vaga-lumes.
Os vaga-lumes também se alimentam de lesmas que transmitem doenças aos seres humanos. No atual ritmo de desaparecimento, pesquisadores estimam que, nos próximos 30 anos, metade da população de vaga-lumes deixará de existir.
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Insetos bioiluminescentes deram origem ao Vale Tombado do Rio da Luz
A informação preocupa e muito mais em Jaraguá do Sul, onde o Vale Tombado do Rio da Luz tem esse nome devido à grande quantidade desse inseto que reduziu muito a população nos últimos anos. O despertar para o turismo de sustentabilidade com o tombamento pelo Iphan – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, que reconheceu a importância da arquitetura teuto-brasileiro e da ocupação territorial da região, precisa reconhecer isso também.
O Conjunto Rural de Rio da Luz foi tombado em 2015, após um longo processo que começou nos anos 1990 com o levantamento de informações, e foi incluído nos Roteiros Nacionais de Imigração. O tombamento visa proteger as características originais da região, como a arquitetura rural, os materiais e técnicas construtivas, e a manutenção da paisagem estabelecida pela imigração alemã.
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Na paisagem inclui-se, também, os vaga-lumes. Áreas de observação dos insetos estão sendo pensadas para o Rio da Luz, algumas já iniciadas, incipientemente. Seria interessante a criação de santuários, em localidades diversas da área tombada, para garantir a sobrevivência desses seres em forma de luz e locais de observação controlados.
Os vaga-lumes estão enfrentando risco de extinção devido a uma combinação de fatores, incluindo a perda de habitat, a poluição luminosa e o uso de pesticidas. A poluição luminosa, causada pelas luzes artificiais das cidades, interfere na comunicação entre os vaga-lumes, que usam a bioluminescência para atrair parceiros para a reprodução, de acordo com estudos.
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