Divã Digital: IA no papel de terapeuta — solução ou risco?

Com a explosão dos chatbots de saúde mental, surge a pergunta: inteligência artificial pode realmente substituir o acolhimento humano na terapia?

Era para ser só mais uma conversa de rotina no “consultório”. Mas, desta vez, o divã era digital. Do outro lado, não havia um terapeuta com olhar atento, mas um chatbot. Sem café, sem silêncio acolhedor — apenas respostas programadas tentando entender sentimentos que nem eu conseguia explicar.

Com a explosão dos assistentes virtuais voltados à saúde mental, como Woebot, Sarah e Earkick, milhões de pessoas têm recorrido a soluções rápidas, disponíveis 24 horas por dia. Práticos, acessíveis e promissores — mas, será que são seguros?

Terapeuta digital: solução ou risco?

Segundo a OMS, mais da metade das pessoas com transtornos mentais no mundo não recebem tratamento. O motivo? Falta de acesso, estigma e custo. É aí que os chatbots entram, oferecendo sessões automatizadas de terapia cognitivo-comportamental, monitoramento emocional e até detecção precoce de comportamentos suicidas. Estudos mostram que, a curto prazo, eles podem aliviar sintomas de ansiedade e depressão.

Porém, a promessa esbarra na prática. Em um caso alarmante, um chatbot sugeriu que uma alpinista “pular de um penhasco” era um sinal positivo de autocuidado. Outro, ao tratar sobre prazos apertados, receitou… “hobbies”.

O que dizem os especialistas?

Pesquisadores apontam que a IA pode ser um bom primeiro passo, nunca a única solução. O psicoterapeuta inglês Richard Lewis alerta: “Corrigir ou apagar emoções é a última coisa que eu sugeriria”. A força da terapia está no vínculo humano — escuta, acolhimento e empatia, elementos que um robô ainda não reproduz.

Nos EUA, um chatbot de distúrbios alimentares foi desativado após dar conselhos prejudiciais sobre dietas. Em outro caso, um homem cometeu suicídio após incentivo direto de uma IA.

solução

IA e humanos: parceria possível, substituição não

Para Ellen Fitzsimmons-Craft, psicóloga que ajudou a desenvolver o chatbot Tessa, a tecnologia pode tornar a saúde mental menos assustadora, desde que seja segura, regulamentada e complementar ao atendimento humano.

A realidade é clara: quem sofre não quer só respostas, quer solução, mas acima de tudo, quer escuta. A tecnologia pode ajudar — mas, no fundo, como bem disse Lewis, “pessoas em sofrimento não são problemas a serem resolvidos, são pessoas que precisam ser vistas e ouvidas”.

*Com informações de National Geographic Brasil.
Edição: Cristiane Marcelino

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