O Governo Federal realizou entre os dias 9 e 29 de junho uma das maiores ofensivas já vistas contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. Batizada de Operação Asfixia, a ação mobilizou Força Nacional, Ibama, Funai, Polícia Rodoviária Federal e Forças Armadas, com apoio aéreo de caças da Força Aérea Brasileira.
O trabalho conjunto teve como foco desmontar a logística que alimentava a atividade ilegal em áreas críticas da TIY. Ao todo, foram destruídas mais de 100 estruturas, incluindo duas pistas clandestinas estratégicas (Mukuin e Noronha), além do bloqueio do rio Couto Magalhães, principal rota de abastecimento dos garimpeiros.
Na região, entre os dias 9 e 29 de junho, foram destruídos:
• 14 acampamentos
• 67 barracos
• 12 cozinhas
• 6 geradores
• 1 embarcação
• 1 motor de embarcação
• 3 bombas d’água
• 2 quadriciclos
• 1 motosserra
• 4 eletrodomésticos
• 9 placas solares
• 12 motores diversos
• 1.500 metros de mangueiras e cordas
• 1.280 metros de fiação elétrica
• 5 caixas separadoras de minério
• 630 quilos de alimentos
• 44 litros de bebidas alcoólicas
• 2 reboques de quadriciclo
Entre os materiais apreendidos no garimpo, foram contabilizados:
• 410 litros de combustível
• 15 gramas de ouro
• 600 gramas de mercúrio
• 29 unidades de cianeto
• 5 antenas Starlink
• 13 rádios e baterias
• 11 baterias automotivas e carregadores
• 1 arma de fogo
• 118 munições de calibre .40, .20 e .16
Força Aérea Brasileira
Um dos momentos mais emblemáticos ocorreu no dia 23 de junho, quando um caça A-29 Super Tucano do Sexto Esquadrão de Aviação de Caça interceptou uma aeronave carregada de cassiterita extraída ilegalmente. O piloto às comunicações da defesa aérea, realizou pouso forçado em área de mata e foi preso pela Polícia Federal. Ao todo, duas aeronaves foram neutralizadas durante a operação.
Pressão contínua e novas fases de combate
A ofensiva também teve reflexos no lado venezuelano da fronteira, onde forças armadas daquele país destruíram oito aeronaves e acampamentos usados pelo garimpo. Para o diretor da Casa de Governo, Nilton Tubino, a operação foi decisiva para desarticular a infraestrutura criminosa. “Nossa missão continua: manter a pressão, impedir o retorno dos invasores e garantir a preservação do território Yanomami”, afirmou.
Mais informações em: https://www.gov.br/casacivil/pt-br/assuntos/noticias/2025/julho/governo-federal-destroi-pistas-aeronaves-e-acampamentos-e-fecha-rotas-do-garimpo-ilegal-na-terra-indigena-yanomami
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