Na tarde de domingo (21), uma manifestação foi realizada nos fundos da APAE, próximo ao portão da WEG 2, em Jaraguá do Sul, para protestar contra o provável abuso sexual de uma menina de 10 anos, com síndrome de Down, autismo e TDAH. O caso tramita em segredo de justiça.
A revolta da população se intensifica pelo fato de os suspeitos estarem em liberdade, mesmo diante dos relatos da criança sobre o ocorrido. Familiares, apoiadores e a comunidade expressaram indignação diante do que consideram um retrato da impunidade no Brasil e pedem justiça.
O fato é temos uma menina provavelmente abusada, uma família ferida e uma sociedade consternada. Já os causadores de tudo isso gozam de liberdade. Manistações como essa são licitas para que o poder público possa se manisfestar o mais rapido possivel.
Segundo dados do Observatório Nacional dos Direitos Humanos e da Agência Brasil, entre 2015 e 2021 foram notificados 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes no país. Desse total, 83.571 ocorreram contra crianças e 119.377 contra adolescentes.


O ano de 2021 concentrou o maior número de registros: 35.196 notificações. Já em 2022, foram registradas 54.490 ocorrências, incluindo estupro, exploração sexual e pornografia infantil. A grande maioria dos casos, 95,4%, correspondem a estupro.
As vítimas mais frequentes têm entre 10 e 13 anos (42,2% dos casos), e crianças negras são desproporcionalmente atingidas: 56,2% dos estupros de vulneráveis até 13 anos envolveram vítimas negras.
Outro dado preocupante: o Brasil ocupa o 5º lugar no ranking mundial de denúncias de abuso sexual infantil pela internet. Em 2024, foram denunciadas 52.999 páginas com conteúdo criminoso. Apenas em 2023, houve 71.867 queixas de imagens de abuso infantil – um aumento de 77,1% em relação a 2022.
Grande parte dos crimes ocorre dentro de casa: boletins epidemiológicos mostram que 70,9% dos abusos contra crianças de 0 a 9 anos aconteceram na residência da própria vítima. A maioria dos agressores é do sexo masculino e as vítimas, do sexo feminino.
Pasmem mas dados da Unicef revelam que Santa Catarina ocupa a 5ª posição no ranking nacional de violência sexual contra crianças e adolescentes (por 100 mil habitantes na faixa de 0 a 19 anos).
Eu como colunista defendo mudanças na legislação, pedindo que crimes de pedofilia sejam tratados como hediondos e com penas totalmente rigorosas, pois pedofilia não tem cura o portador dessa doença mental deve ser retirado da sociedade e claro, nossa sociedade não pode admitir leis que punem mais severamente quem maltrata animais do que quem destrói a vida de uma criança. Isso é uma doença social. Vejo as manifestações como legítimas e necessárias, já que, em suma, as leis brasileiras protegem os criminosos e deixam as vítimas e suas famílias desamparadas.
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