O problema do Brasil não é a política, é o brasileiro.
Brasília e Florianópolis são cidades que encantam pela beleza e pelo convite natural ao visitante. Mas a cada eleição surge uma questão incômoda: por que o povo insiste em mandar para lá representantes tão esquisitos? São Senadores, Dep. Estaduais , e Dep. Federais que se contar, vira piada.
O exemplo clássico é o senador Romário. No currículo: um craque do futebol, campeão, vitorioso. Mas, politicamente? Nada. Outro caso é o do deputado Tiririca. O nome já basta. Esses dois simbolizam uma massa de eleitos sem perfil para nos representar nas esferas estaduais e nacionais. Sobre os municípios, melhor nem comentar: vira um verdadeiro circo de horrores.
Entre os representantes da direita e da esquerda, há semelhanças gritantes. No caso das parlamentares, tanto de um lado quanto de outro, a postura é idêntica: fortes, vocais, empoderadas, defensoras ferrenhas de seus deuses — Bolsonaro e Lula. Mas projetos, que é bom, quase nada.
Quando se fala nos políticos homens da direita, surge o “padrão bolsonarista”, apelidado aqui de “porco cachaço”. São figuras que falam grosso, fazem arminha, defendem ideais da direita nacional, dominam os vídeos nas redes sociais, mas no campo político não passam disso. São, em sua maioria, militares ou figuras ríspidas sem o mínimo tato. Questionados sobre projetos, repetem chavões: “Anistia”, “Eu sou Bolsonaro”, “Deus, pátria e família”. Um tipo de político Reborne.
Na esquerda, o cenário não é mais animador. O retrato vai do “avacalhado” ao “HA Para Ô”. Há homens que viram mulheres, mulheres que viram homens, negros que se transformam em loiras. Há invasores de casas e terras — que, segundo eles, não são bandidos. Figuras delicadas como hamsters, mas com o veneno de uma naja. Assim como a direita, os projetos concretos para o povo… inexistem.
Essas figuras tragicômicas não caem do céu: são escolhidas por nós. O Legislativo brasileiro é infestado com os piores, como se, num cenário pós-apocalíptico, só os menos preparados tivessem sobrevivido. E entre eles, resta ao eleitor a ingrata tarefa de escolher “o menos pior”.
É claro que existem bons políticos, talvez não mais que 20% do total. São parlamentares que, mesmo transitando entre direita e esquerda, se preocupam com o trabalho e não apenas com o espetáculo para agradar fanáticos.
Ao fim, a conclusão é inevitável: o problema do Brasil são os brasileiros. Um povo cheio de convicções, mas convicções falhas; ideias sobre tudo, mas sem base teórica; comunicação abundante, mas sem sentido.
Vale lembrar os versos do Hino Rio-Grandense:
“Mas não basta para ser livre, ser forte, aguerrido e bravo; povo que não tem virtude, acaba por ser escravo.”
E virtude, aqui, significa o aperfeiçoamento das atitudes humanas para o agir correto, segundo a regra da reta razão”

Clique aqui para ler a Edição 2533 e se manter informado com um jornalismo local, independente e comprometido com a verdade.
Fique sempre bem informado!
Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br
Observação: o portal Observa+ é o portal de notícias que traz todas as notícias do impresso Jornal do Vale do Itapocu. Fique sempre bem informado!