VIOLÊNCIA INFANTIL | Profissionais das áreas da educação, saúde e assistência social de Guaramirim participarão nos dias 2 e 3 de outubro, no auditório da Fameg, de uma capacitação sobre escuta especializada, que é um procedimento de acolhimento e proteção para crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, realizado por profissionais da rede de proteção social. O seu principal objetivo é garantir um ambiente seguro para que o relato da criança seja feito de forma humanizada, focando no seu bem-estar e evitando a revitimização, sem a necessidade de coletar provas contra os agressores.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Social e Habitação de Guaramirim, Francinne Maira Espezim, a expectativa é reunir 280 profissionais. O município, desde 2022, conta com um protocolo, que é a uniformização do padrão adotado pelo ouvinte a partir do momento em que recebe uma denúncia de violência por parte da criança ou adolescente, para proporcionar atendimento humanizado e adequado, de forma a acolher a vítima e evitar novas agressões no processo de escuta. Uma escuta inadequada, nestes casos, pode reforçar o sofrimento da vítima ou testemunha, fazendo-a reviver os fatos e ampliando a possibilidade de gerar novos traumas.
Em resumo, a escuta especializada é um atendimento protetivo feito a muitas mãos, fortalecendo assim o trabalho em rede, e garantindo o atendimento integral a todas as crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.

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REGISTROS – A secretária Francinne diz que a situação é muito mais complexa do que se imagina. Em 2023 houve registros de 30 casos na escuta especializada, no ano passado foram 37 e, em 2025, de janeiro a agosto, 48 casos. Assédio e estupro de vulnerável são as principais ocorrências. Oitenta e cinco por cento das ocorrências é intrafamiliar, ou seja, parentes ou pessoas próximas das vítimas.
“Isso acontece tanto com meninas quanto com meninos. Os números são de crianças e adolescentes que contaram o problema, mas sabemos que são muito maiores. A maioria não conta por medo ou vergonha”, aponta Francinne.
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