A política de isenção parcial de impostos para compras internacionais de até US$ 50, conhecida como “taxa das blusinhas”, provocou um prejuízo significativo aos Correios em 2024. Segundo levantamento da CNN Brasil, a estatal deixou de arrecadar R$ 2,2 bilhões em relação à previsão inicial de receita com o transporte de encomendas vindas da China.
A empresa esperava arrecadar R$ 5,9 bilhões no período, caso a legislação do programa Remessa Conforme não estivesse em vigor. No entanto, com a medida implementada pelo governo federal, a arrecadação efetiva caiu para R$ 3,7 bilhões — um recuo de 37%.
Simulações com a nova política também ficaram abaixo do previsto
Mesmo considerando os impactos da nova regulamentação, os Correios ainda projetavam receita de R$ 4,9 bilhões com o comércio internacional em 2024. Comparado ao resultado final, o valor ficou R$ 1,7 bilhão abaixo dessa expectativa revisada.

Déficit preocupa governo
A queda na arrecadação agrava o cenário financeiro da estatal, que já havia registrado um déficit de R$ 3,2 bilhões no ano anterior. De acordo com o Ministério da Gestão e Inovação, os Correios são hoje a empresa pública que mais preocupa o governo federal em termos de sustentabilidade econômica.
Presidente da estatal culpa política fiscal
Durante evento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Correios, na Câmara dos Deputados, realizado em 26 de março, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, voltou a destacar os efeitos negativos da política de incentivo às compras internacionais de pequeno valor.
“O segmento internacional prejudicou o desempenho da empresa. A gente tinha uma expectativa de receita que foi frustrada, que se traduziu depois em prejuízo para a empresa”, afirmou o presidente no Congresso.
Fonte: CNN Brasil
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