O presidente do Grêmio Esportivo Juventus, Paulo Ricardo Marcelino, a convite do vereador Jair Pedri, falou na tribuna da Câmara de Jaraguá do Sul, sobre a situação financeira do clube, a falta de apoio do Poder Executivo e o futuro incerto de um dos maiores patrimônios esportivos da cidade. A fala gerou manifestações dos vereadores, que se solidarizaram com o clube e teceram fortes críticas à Administração Municipal.
O presidente detalhou o trabalho social e esportivo realizado, mas não poupou palavras para denunciar o que considera um “abandono” por parte da Prefeitura, revelando a negativa de um auxílio financeiro e a sobrevivência do projeto social graças a recursos externos.
Paulo destacou os avanços nas categorias de base desde que assumiu a presidência em 2023. A principal iniciativa foi a parceria que resultou em uma escolinha de futebol com 580 crianças e adolescentes, de 7 a 15 anos. “Sempre falo que a gente é um projeto, mas que não se pode brincar com o sonho de criança. É uma responsabilidade muito grande”, afirmou, enfatizando o caráter social do trabalho.
Presidente do Juventus tece críticas ao governo municipal pela falta de apoio ao clube. Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br
O gestor listou os feitos esportivos que levam o nome de Jaraguá do Sul para todo o sul do Brasil. Contudo, revelou o pedido de R$ 316 mil para custear as despesas de todas as categorias, que foi negado pela Prefeitura. A “salvação”, segundo ele, veio de uma emenda parlamentar de R$ 500 mil do deputado federal Fábio Schiochet.
“Se não fosse o deputado, a gente não teria nada. Essa é a grande verdade”, declarou o presidente. “E o que mais me chateia é que a gente ainda leva o nome da Prefeitura no uniforme, mas, na verdade, a Prefeitura não contribui com nada. Pelo contrário”
A ausência de apoio municipal tem consequências diretas. “Quando as equipes sub-12 e sub-14 viajaram para enfrentar a Chapecoense no fim de semana, os pais tiveram que pagar a alimentação. Porque o Executivo Municipal não banca mais. Isso dói muito para mim como representante do esporte”, desabafou Marcelino.
“Eu peço, encarecidamente, que o prefeito dê uma resposta para a minha diretoria e para o torcedor de Jaraguá do Sul. Por que o Juventus não tem ajuda?”.
O presidente juventino, em um questionamento sobre a dívida do clube, estimada em R$ 7 milhões e sobre a possibilidade de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) foi taxativo ao rechaçar a ideia de SAF no momento.
“Para mim, seria uma derrota. Seria entregar um patrimônio que foi doado com a intenção de que ficasse na mão da cidade. A solução não é vender, é a cidade abraçar o clube, assim como o poder público abraçou o futsal quando ele mais precisou”, defendeu.