Coluna

Política e Políticos

Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região

Por: Celso Machado

Publicado em 21 de maio de 2025
às 21:45.

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Os jogos de “azar”

Por força de projeto de lei aprovado pela Câmara de Vereadores, Jaraguá do Sul passa a ter a Semana Municipal de Enfrentamento às Apostas e Jogos de Azar. Sempre na primeira semana do mês de junho, com ações de conscientização sobre os riscos e prejuízos gerados pelo vício em apostas, sobretudo aquelas de forma online. Ponto para o Legislativo em seu papel de informar sobre as armadilhas que se escondem por trás de apostas do gênero. Porém, são jogos tão viciantes quanto as nove loterias diárias bancadas pela Caixa. Que ninguém questiona porque 39% vai para programas sociais, mas que também “depenam”, semanalmente, milhões de incautos país afora na crença de se tornarem milionários. Só para saber: em 2024 a Caixa arrecadou R$ 25,9 bilhões em apostas. E pagou R$ 2,5 bilhões em prêmios.

CURTAS

A escolha de presidentes da Acafe- primeiro com Aristides Cimadon e agora Luciane Ceretta- para comandar a secretaria estadual da Educação, não foi obra do acaso.
A contrário, reflete uma estratégia política do governador Jorginho Mello (PL), ao criar o programa Universidade Gratuita, para ter apoio de um importante universo eleitoral.
Com isso, as universidades comunitárias se livram de um alto índice de inadimplência (o estado paga a conta) com Mello colhendo os resultados nas urnas da reeleição em 2026.
Deputado Vicente Caropreso (PSDB) disse que a decisão do governo da Itália de limitar a transmissão da cidadania italiana por direito de sangue como um golpe simbólico e concreto contra milhões de descendentes de italianos ao redor do mundo.
Ítalo-brasileiro, Caropreso lamentou que isso se dê justamente na celebração dos 150 anos da grande imigração italiana para Santa Catarina, uma comemoração que inclui ato solene da Assembleia Legislativa agendado para dia 4 de junho.
O MDB está realizando as suas convenções municipais. E alguns ainda insistem com o discurso de “renovação”, mas as fotos de anos anteriores não mentem. São os mesmos.

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Moradores de rua

Depois de três meses de investigações, audiências públicas e visitas técnicas, gerando relatório de 200 páginas, a Comissão Especial sobre Pessoas em Situação de Rua da Câmara de Joinville está propondo a adoção de modelo inspirado no programa “Mão Amiga”, de Chapecó. Com internações assistidas voluntárias e involuntárias, acolhimento em comunidades terapêuticas e reinserção profissional com trabalho remunerado e cursos de qualificação. O relatório da Comissão aponta que, entre 2016 e 2023, a população de rua de Santa Catarina cresceu de 1.174 para 8.824 pessoas. E que Joinville, atualmente, tem 963 pessoas nesta situação registradas no CadÚnico, que garante benefícios sociais do governo federal. Consta que Chapecó reduziu em 88% o número de moradores de rua. De 416 para 48.

VIA BRASIL

Janja da Silva (PT), mulher de Lula da Silva (PT), foi condecorada na terça-feira (20) com a Ordem do Mérito Cultural na classe grã-cruz, a mais alta e principal honraria cultural do Brasil.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, na cerimônia prestigiada por Lula, saudou Janja, socióloga de formação, como “parceira e companheira de cultura nacional”.
Cada deputado que deu o voto de cabresto para apoiar o orçamento federal e o novo arcabouço fiscal terá R$ 6 milhões em emendas para a saúde. Senadores, R$ 18 milhões.
Vai sair do Ministério da Saúde. A estratégia é orientar prefeitos para que peçam repasses diretamente ao MS, sem identificar o deputado ou senador responsável pela emenda. Tipo orçamento secreto, execrado, sempre, pelo governo petista.

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O caos no INSS

Não bastasse toda a roubalheira, a fila por atendimento no INSS chegou a 2,67 milhões de pessoas em abril, a maioria à espera de auxílio-doença. Mas há muita gente, também, requerendo aposentadoria, pensão por morte e salário-maternidade, por exemplo. Os números estão lá no boletim “Transparência Previdenciária” do Ministério da Previdência Social, que desde dezembro de 2024 não atualizava os dados. Sem contar o tempo em que o pedido ficou parado, a espera, em média, é de dois meses. Em maio de 2020 a Central Única de Trabalhadores denunciava o governo de Jair Bolsonaro (PL) por conta de um milhão de pessoas na fila de espera do INSS. Mas agora e não por acaso, a CUT cala.