Vilson Pedro Kleinüning, quando governador, sancionou a lei 9163, autorizando a concessão de de rodovias e pontes estaduais à iniciativa privada, com cobrança de pedágio. Porém, a lei nunca foi aplicada. Desde lá já se gastou bilhões de dinheiro público para tapar buracos. Jorginho Mello (PL), de olho na reeleição, mostra-se arredio à proposta que, politicamente, traz um certo desgaste. Mas vai aderir depois da eleição. A projetada Via Mar, paralela à BR-101, com 145 quilômetros e seis pistas, de Joinville e Florianópolis, será rodovia estadual, com pedágio. Aliás, com pedágio não seria preciso gastar, agora, R$ 3,5 bilhões com o Programa Estrada Boa. E manutenção preventiva, diga-se, nunca será o ponto forte do poder público.
Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região. Política e Políticos – e-mail da coluna: machadocelso01@gmail.com
CURTAS
- Orvino Coelho de Ávila (PSD), reelegeu-se prefeito de São José em 2024 derrotando nas urnas a ex-prefeita Adeliana Dal Pont (PL), apoiada pelo governador Jorginho Mello (PL).
- Mas agora, Orvino juntou-se a Mello apoiando a reeleição do governador e não só isso: foram com ele os quatro vereadores do partido, com um deles como secretário municipal.
- O acerto inclui o vice-prefeito Michel Slemper (MDB, candidato a deputado estadual e com apoio do PL, que não lançará candidatos. São José é o quarto colégio eleitoral.
- Orvino segue o colega Topázio Neto, também do PSD e prefeito de Florianópolis, segundo maior colégio eleitoral, engajado na reeleição de Mello desde 2024. A vice-prefeita, aliás, é do PL.
- São dois grandes desfalques às pretensões do prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), de derrotar Jorginho Mello (PL) nas urnas de 2026 e ser o próximo governador de SC.
- Vaguinho Espíndola (Criciúma) e Juliana Pavan (Balneário Camboriú) são prefeitos do PSD na mira de Mello. Eles derrotaram candidatos do PL em 2024 e apoiam Rodrigues. Por enquanto.
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Mello, Carlos e Caroline lideram
A pesquisa é do Instituto Neokemp, feita com 1.008 eleitores de 76 municípios na última semana de setembro e divulgada pelo jornal Gazeta do Povo (PR). Na soma dos percentuais dos dois votos que o eleitor dará para senador, Carlos Bolsonaro (PL), filho de Jair Bolsonaro (PL) chega a 58%, seguido pela deputada federal Caroline de Toni (PL). O senador Esperidião Amin (PP), que vai tentar a reeleição para um terceiro mandato, aparece com 11% e, à frente dele, Décio Lima (PT) com 15,2%. Na corrida pelo governo, Jorginho Mello (PL) nada de braçada contra prováveis adversários. Teria 46,0%, contra 22,9% para João Rodrigues (PSD) e 15,0% para Décio Lima (PT). O restante de nomes especulados, diz a pesquisa, são meros concorrentes.
VIA BRASIL
- No discurso de posse como novo presidente do Supremo Tribunal Federal, o ministro Edson Fachin disse que o STF precisa resgatar sua credibilidade junto a população.
- Em 14 de abril de 2015, Edson Fachin foi indicado para ser ministro do STF pela então presidente Dilma Rousseff (PT).
- Ele ocupou a vaga de Joaquim Barbosa Gomes, indicado por Luila da Silva (pt) EM 2003 e que se aposentou em 2014. Entre 2018 e 2022 Barbosa foi filiado ao PSB de Geraldo Alckmin.
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, foi visitar o padrinho político Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar. E, de novo, disse que não será candidato a presidente da República. Vai à reeleição e, vencendo, vai criar asas e se distanciar dos Bolsonaro.
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Alcolumbre apela ao STF
Davi Alcolumbre (União Brasil/AP), presidente do Congresso, obteve liminar do ministro Luiz Fux, do STF, suspendendo o prazo dado ao Congresso Nacional para adaptar o número de deputados federais à população de cada estado baseado no Censo populacional do IBGE de 2022. Por determinação constitucional, as vagas devem ser redistribuídas entre os estados com base nos Censos populacionais do IBGE, o que não é feito desde os anos 90. Mas isso prejudicaria alguns estados, como o Rio de Janeiro, terra natal do ministro Fux. Isso motivou o projeto de lei aprovado pela Câmara, aumentando de 513 para 531 deputados já para a eleição de 2026. Santa Catarina ganharia mais quatro cadeiras, subindo dos atuais 16 deputados federais para 20. Com efeito cascata na Assembleia Legislativa, dos 40 atuais para 44. O apelo de Alcolumbre tem respaldo de Lula da Silva (PT), que vetou o projeto alegando “impopularidade”. E do STF.
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