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As estradas boas
“O Estrada Boa é um programa histórico, mudando a realidade de muitas regiões. Mas o abandono era tão grande que uma edição só não vai bastar”. O discurso é do deputado Antidio Lunelli (MDB), para quem ainda há muito a ser feito, até que as rodovias estaduais estejam à altura da força produtiva catarinense. De fato. Por décadas e sucessivos governos as rodovias estaduais, em seus mais de 6 mil quilômetros, viveram em estado de abandono.

E ainda estão assim na maioria. No máximo com uma tapação de buracos, cara e sem fim. Mas agora, ao menos ao longo destes 1.500 quilômetros abrangidos pelo programa, numa seleção dos piores trechos, o que se espera é uma manutenção contínua. Porque em muitas delas o asfalto ainda é o pavimento mais usado. E asfalto, sabe-se, tem vida curta sob o peso diário de milhões de toneladas transportadas por caminhões e carretas.
CURTAS
- A primeira etapa do Programa Casa Catarina, anunciado em dezembro de 2024, foi lançada ontem (27) pelo governador Jorginho Mello (PL). Para 106 municípios com até 10 mil habitantes e investimentos totais de R$ 221,6 milhões.
- O programa é mais abrangente, incluindo os outros 133 municípios com populações maiores, prevendo investimentos totais de R$ 420 milhões em recursos próprios.
- Segundo o governador, a expectativa é a de fomentar o setor da construção civil, gerando mais de 64 mil empregos com desenvolvimento econômico e social.
- A propaganda institucional partidária do PSD na TV mudou radicalmente. Agora, o prefeito João Rodrigues, de Chapecó, é protagonista ao lado de outras lideranças do partido em Santa Catarina.
- A ideia é estadualizar (urgentemente!) o nome de Rodrigues, candidato a governador em 2026 e, até agora, isolado. Fazendo-o conhecido pelo eleitor catarinense, mormente aquele de nariz torcido para Jorginho Mello (PL).
- Pelo andar da carruagem, além dos aventureiros de sempre, que nem somam e nem atrapalham, Mello e Rodrigues serão os dois únicos protagonistas do embate das urnas majoritárias de 2026.
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Chapecó lança loteria

Em março de 1966 (governo de Ivo Silveira), a lei estadual nº 3.812 criou a Loteria do Estado de Santa Catarina S.A., com venda de bilhetes. Durou 34 anos e foi extinta em janeiro de 2000 (governo de Esperidião Amin). No governo de Carlos Moisés cogitou-se a volta de uma loteria estadual, com receita voltada à construção de moradias populares. Mas o interesse de muitas empresas pelo sistema foi tão grande que acabou gerando desconfianças. E a ideia foi arquivada. Agora, João Rodrigues (PSD), prefeito de Chapecó, sancionou lei criando uma loteria municipal a ser a ser gerenciada por investidores privados. Do lucro líquido a prefeitura ficará com 12%, e disto repassará 70% para o programa “Cidade do Autista”. Os restantes 30% para o Fundo Previdenciário dos servidores. A expectativa é de se arrecadar R$ 300 mil/mês.
VIA BRASIL
- “O Brasil não precisa de mais imposto, precisa de menos desperdício”, bradou o deputado Hugo Motta (Republicanos/PA), sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras, que precisa ser aprovado pelo Congresso.
- Sim, está coberto de razão o presidente da Câmara dos Deputados. E falou mais, preocupado com o ônus político em ano pré-eleitoral: “eu disse, logo que assumi, que o Estado não gera riqueza, consome. E quem paga essa conta é a sociedade”. Bingo!
- E foi além o queixoso amigo de Lula da Silva (PT), ao lembrar que quem gasta mais do que arrecada não é vítima, é autor. Voltando ao citado “desperdício”, vale lembrar que Motta defende aumentar o número de deputados federais, de 513 para 527.
- Isso porque seu estado, a Paraíba, vai perder duas cadeiras quando a representação federal de cada estado será readequada ao número de habitantes indicado pelo IBGE. Só para saber: o custo atual do Congresso (Câmara e Senado) bate nos US$ 4,4 bilhões. E sege o baile!
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Esperando Lula

Lula da Silva (PT) esteve perto de cancelar, pela terceira vez, uma visita marcada para amanhã (29) ao porto de Itajaí (15h). Governador Jorginho Mello (PL) estará distante, em agenda no Extremo-Oeste. Anteriormente (em julho de 2024) e por coincidência, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha agenda em Balneário Camboriú no dia seguinte e onde também estaria o presidente da Argentina, Javier Milei. Mas agora, Silva passou por uma crise de labirintite, o que provocou o cancelamento de toda a agenda de segunda e terça-feira. Bolsonaro volta a SC, mas só em julho. Em São José o PL lançará o “Rota 22”, que percorrerá o estado apoiando a reeleição de Jorginho Mello (PL). E, de resto, apoiando outros candidatos país afora.