Motorista de aplicativo revela corridas inusitadas com mães de bebês reborn em Jaraguá do Sul
Uma situação, no mínimo inusitada, surpreendeu ouvintes do programa Jornal da 105, apresentado por Jailson Angele e Rogério Talini, na manhã desta quarta-feira em Jaraguá do Sul. Um motorista de aplicativo revelou ao vivo que já atendeu duas corridas em que passageiros tratavam bebês reborn como filhos reais, em situações que exigiram até simulações de emergência médica.
Segundo o relato do profissional, o primeiro caso envolveu uma mulher que pediu o carro com urgência, afirmando que precisava levar seu bebê doente para o posto de saúde. Ao chegar no endereço e embarcar a passageira, o motorista percebeu que o “bebê” era, na verdade, um boneco hiper-realista, um dos chamados bebês reborn. “Ela estava desesperada, chorando e pedindo pressa porque a criança estava febril. Só percebi que se tratava de um reborn no trajeto, quando notei que ele não se mexia nem um pouco”, relatou.

Cresce número de mães de bebês reborn em Jaraguá do Sul, e casos chamam atenção de motoristas
O segundo episódio aconteceu semanas depois. Desta vez, outra mulher solicitou uma corrida alegando estar atrasada para levar o filho à creche. O motorista a buscou no bairro e mais uma vez notou que a “criança” se tratava de um reborn. “Ela o colocou com cuidado na cadeirinha e ainda pediu para dirigir devagar porque ele estava ‘dormindo’”, contou, entre risos nervosos.
Apesar do tom leve durante a entrevista, o motorista revelou que situações como essas estão se tornando comuns na cidade, o que despertou um debate mais profundo no estúdio: até que ponto vai o vínculo emocional com objetos, e o que isso revela sobre o estado emocional dessas pessoas?
O que são os bebês reborn? E o que especialistas dizem sobre saúde mental
Os bebês reborn são bonecos ultra realistas, feitos à mão com detalhes impressionantes, como veias, textura de pele e até cheiro de talco. O fenômeno, que começou nos Estados Unidos, chegou ao Brasil há mais de uma década e ganhou força entre colecionadoras, artistas plásticos, mas também entre mulheres que buscam conforto emocional, muitas vezes por traumas de perda gestacional, infertilidade ou solidão.
Psicólogos alertam que, embora o uso de reborns possa funcionar como mecanismo terapêutico em determinados contextos, a linha entre o saudável e o patológico pode ser tênue. A substituição afetiva real por vínculos com objetos inanimados pode sinalizar carências emocionais profundas e até quadros de transtorno dissociativo ou delírio afetivo.
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Saúde mental precisa de atenção urgente
Em Jaraguá do Sul, o relato do motorista escancara uma nova realidade que mistura curiosidade, fragilidade e necessidade de suporte emocional. Especialistas afirmam que é fundamental ampliar o debate sobre saúde mental, especialmente para mulheres que enfrentam sofrimentos psíquicos silenciosos.
Programas como o Jornal da 105 ajudam a jogar luz sobre temas considerados tabus, e o episódio serve como alerta para gestores públicos e profissionais de saúde.
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