Lula é alvo de vaias durante evento com prefeitos em Brasília
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrentou um momento desconfortável nesta terça-feira (20) durante a abertura oficial da 26ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, um dos eventos mais importantes do calendário político brasileiro, que reúne prefeitos de todo o país.
As vaias começaram logo na chegada do presidente ao palco, e se intensificaram em pelo menos três momentos distintos: na apresentação do nome de Lula, durante seu discurso e ao final da fala. Embora também tenha recebido alguns aplausos isolados, o clima geral foi de hostilidade.
Ministros presentes ao evento demonstraram incômodo com a recepção negativa, mas o presidente manteve a postura e não reagiu às manifestações contrárias.
Presidente da CNM critica STF e cobra pautas estruturantes
Além das vaias, outro ponto de tensão no evento foi o discurso do presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, que não poupou críticas ao governo federal e às decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em tom direto, Ziulkoski alertou:
“Abra o olho. Vamos votar pautas estruturantes”.
A principal queixa foi contra uma recente decisão do STF que obriga maior transparência no uso das emendas parlamentares. Segundo ele, a medida é um entrave:
“Não é possível um deputado ter que explicar um projeto”.
Lula anuncia novo programa de crédito para reforma de moradias
Apesar do clima tenso, o presidente aproveitou o espaço para anunciar uma nova iniciativa do governo federal: um programa de crédito popular para reformas residenciais.
De acordo com Lula, a proposta é oferecer empréstimos com juros baixos para que famílias possam realizar melhorias em suas casas, como a construção de um quarto extra, garagem ou banheiro.
O anúncio, no entanto, foi feito sem grande entusiasmo da plateia, refletindo o distanciamento entre o governo federal e os representantes municipais presentes no evento.
A participação de Lula na Marcha dos Prefeitos expôs um cenário de desgaste político e cobranças diretas por parte dos líderes municipais. O presidente tentou manter o foco nos projetos futuros, mas as vaias e o discurso crítico da CNM reforçam os desafios de articulação política do Palácio do Planalto em 2025.
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