A farra dos partidos e o Fundão bilionário: quando o voto sustenta o luxo
Ano que vem começa mais uma temporada de gastança política. Os 29 partidos hoje registrados no Brasil — dos tradicionais MDB, PL, PT, PP e PSDB aos mais “exóticos” UP, PODE e PMB — já se preparam para abrir os cofres em busca de votos.
Mesmo assim, as siglas que mais preocupam o cidadão comum continuam sendo outras: SPC, SERASA, FDP e PQP. Afinal, diante de um país rachado entre direita e esquerda, a multiplicação de partidos soa como uma piada cara. A democracia, se fosse prática, talvez funcionasse melhor com apenas três legendas: a da direita dos barões, a da esquerda “progressista pra baixo” e o centro — aquele que apoia quem paga mais.
O Fundão Eleitoral, o apelidado fundo partidário, será de R$ 4,9 bilhões em 2026. Um valor tão absurdo que até escrever o número exige fôlego. É a política do luxo em um país em crise.
E não adianta jogar a culpa apenas em um lado. A direita repete que a esquerda quebra o Brasil, mas os números mostram que o PL, por exemplo, despejou fortunas nas últimas eleições. Em Santa Catarina, candidatos receberam R$ 1,6 milhão, R$ 1,2 milhão e por aí vai — cifras que fariam corar até banqueiro. Mas claro, o PL é o partido “dos honestos”, e a esquerda é “dos corruptos”. Difícil não rir dessa ironia.
O eleitor atento deve olhar quanto o seu candidato recebeu do Fundão, porque quem realmente se preocupa com o povo não usa dinheiro público para bancar campanha.
Em Jaraguá do Sul, já se elegeu vereador ex-presidiário — e ele não era de partido da esquerda. Também já houve suplente de deputado estadual com passagem por presídio “evangélico”. Exemplos que mostram como as siglas partidárias viraram casas de espertalhões, banhando-se em dinheiro e poder enquanto o povo continua lutando por um futuro que nunca chega.
A verdade é dura: acreditar que político de direita é diferente do de esquerda é burrice ideológica. Mudam as bandeiras, mas a ambição é a mesma — todos querem viver bem, de preferência às custas do contribuinte.
Os grandes nomes da política nacional, como Getúlio Dorneles Vargas, o militar que foi o verdadeiro homem de direita, e Juscelino Kubitschek, o progressista que sonhou um Brasil moderno, já ficaram no passado. Hoje restam apenas políticos “reborne”, reciclados, que repetem frases prontas e sobrevivem de marketing.
No fim das contas, é bom lembrar:
“Não é a política que faz o candidato virar ladrão. É o seu voto que faz o ladrão virar político.”

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