O Dia das Mães, comemorado no segundo domingo de maio, surgiu nos Estados Unidos por iniciativa de Anna Jarvis, que queria homenagear a própria mãe, ativista pela paz no século XIX. Em 1908, ela promoveu a primeira celebração oficial em homenagem às mães e, com apoio político e da mídia, conseguiu que a data fosse reconhecida nacionalmente em 1914.
Quando a homenagem virou mercadoria
Jarvis, porém, não imaginava que sua ideia seria rapidamente apropriada pelo comércio. Com a explosão da popularidade da data, floriculturas, lojas de departamento e fabricantes de cartões viram uma oportunidade lucrativa. Para a criadora do feriado, o Dia das Mães deveria ser uma ocasião íntima e sincera — não uma vitrine de consumo.

Uma luta solitária contra o comércio
Nos anos seguintes, Jarvis gastou sua fortuna e sua saúde tentando barrar a exploração comercial da data. Chegou a protestar contra eventos beneficentes e até jogou uma salada no chão de um restaurante que usava o nome “Dia das Mães”. Morreu em 1948, pobre e esquecida, em um sanatório.
Um dos feriados mais lucrativos do ano
Hoje, o Dia das Mães movimenta bilhões de dólares no varejo, especialmente nos EUA. É a terceira data que mais vende cartões, impulsiona o setor de flores e lota restaurantes. O que começou como um gesto de carinho individual se tornou um dos maiores fenômenos comerciais do calendário.

Se Anna Jarvis falhou em manter o controle sobre o que criou, ao menos seu desejo original — que as mães fossem reconhecidas e lembradas com afeto — ainda ecoa a cada abraço, ligação ou mensagem enviada nesse dia.
Fonte: National Geographic Brasil
📲 Fique sempre bem informado!
Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br