O tratamento da dermatite atópica passa a ser integral no Sistema Único de Saúde (SUS), com a incorporação de três novos medicamentos: tacrolimo, furoato de mometasona e metotrexato. A ampliação foi anunciada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (27), com a publicação de três portarias que regulamentam o uso dos remédios na rede pública.
A dermatite atópica é uma doença crônica, não contagiosa, que causa inflamação, lesões e coceiras na pele, afetando principalmente crianças, mas também adultos. Com os novos medicamentos, será possível oferecer tratamentos mais personalizados e seguros, desde quadros leves até os mais graves.
Tratamentos mais seguros e personalizados
As pomadas tacrolimo e furoato de mometasona são indicadas para pacientes que não podem usar corticoides ou que apresentam resistência aos tratamentos tradicionais. O tacrolimo será oferecido nas concentrações de 0,03% e 0,1%, ideal para áreas sensíveis como o rosto. Já o furoato de mometasona, em forma de pomada, promove cicatrização rápida e alívio das lesões.
O metotrexato, administrado por via oral, será uma nova opção para casos graves, especialmente para quem não pode utilizar a ciclosporina, medicamento já disponível no SUS. Ele atua como imunossupressor, ajudando a controlar crises e reduzindo a necessidade do uso contínuo de corticoides sistêmicos.
Melhora da qualidade de vida
De acordo com a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (SECTICS), Fernanda De Negri, os novos tratamentos vão melhorar a qualidade de vida dos pacientes e ajudar a combater estigmas sociais associados às lesões visíveis na pele. Muitas pessoas, especialmente crianças, enfrentam preconceitos que podem impactar sua autoestima e rotina escolar.
Como é feito o tratamento da dermatite atópica atualmente
Antes da ampliação, o SUS já ofertava duas pomadas de potência leve — dexametasona e acetato de hidrocortisona — além da ciclosporina para casos graves. Entre 2024 e 2025, foram realizados mais de mil atendimentos hospitalares e mais de 500 mil ambulatoriais relacionados à dermatite atópica em todo o país.
O tratamento visa reduzir sintomas, prevenir agravamentos, tratar infecções e restaurar a integridade da pele. Nos casos leves, terapias tópicas com hidratantes, fototerapia e mudanças de hábitos costumam ser suficientes. Para casos moderados ou graves, o uso de medicamentos mais potentes é necessário.

Acesso gratuito pelo SUS
Para ter acesso ao tratamento, o paciente deve procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, onde será feita a avaliação clínica. Se necessário, o paciente será encaminhado para atendimento especializado, que definirá o diagnóstico preciso e a conduta terapêutica conforme o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Dermatite Atópica, que está sendo atualizado para incluir os novos medicamentos.
Fonte: Agência Gov
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