A icônica Chiesetta Alpina foi o local de realização na manhã de sábado (17), da reunião do COM.IT.ES (Comitê dos Italianos no Exterior) do Paraná e Santa Catarina. Os Comitês (7 no Brasil onde tem consulados) são órgãos representativos da comunidade italiana nas relações com as representações diplomático-consulares e trabalham pela integração da comunidade italiana residente no país estrangeiro em que estão localizados.
O COM.IT.ES PR/SC, em particular, realiza uma tarefa muito importante na cooperação para tutela dos direitos dos italianos residentes na área de jurisdição do Consulado Geral da Itália em Curitiba. São mais de 135 mil inscritos, distribuídos entre Paraná e Santa Catarina.
Eduardo Bonetti, presidente do Comitê dirigiu o encontro presencial e online, com a participação, também, da cônsul-geral para o PR e SC, Eugênia Tizziana Berti. O encontro em Jaraguá do Sul foi marcado por homenagens a Devanir Danna, que era um dos conselheiros voluntários e tesoureiro. Sua família esteve presidente.
Um dos assuntos da pauta foi a aprovação pelo senado italiano no dia 15 de maio, do decreto-lei enviado pelo governo, que restringe o reconhecimento da cidadania a descendentes apenas a filhos e netos de italianos. Com poucas modificações feitas pela Casa ao texto do governo, o decreto ainda precisa passar na Câmara dos Deputados e ser promulgado pela Presidência do país até 27 de maio para ser convertido em lei de forma permanente – caso contrário, perde a validade.
Os integrantes do COM.IT.ES protestaram contra o decreto, afirmando ser um retrocesso e que a Itália não conhece a história de milhares de cidadãos que deixaram o País em busca de oportunidades de sobrevivência, que ele não pode dar, na época da grande imigração.
É um “presente” indigesto dado pela Itália na celebração dos 150 anos da imigração italiana ao Brasil. “Não dá para ser complacente com esse retrocesso. A Itália tem uma grande dívida conosco, descendentes. O sangue italiano corre nas nossas veias”, disse um dos conselheiros.
