O Monumento à Fé do Imigrante (Chiesetta Alpina) ganhou um local próprio com sala de reunião, biblioteca e guarda documental e de objetos, entregue na tarde de sábado, precedendo a missa pela memória de Devanir Danna, Aclino (Berlim) Feder, Alfredo Fontanive, Celso Donini e Lídia Donini Soares, presidida pelo padre Carlos Nicolodelli.
A Chiesetta Alpina é um dos locais de turismo religioso mais movimentado de Santa Catarina, sendo um espaço de contemplação e de meditação. O espaço memorial foi uma iniciativa da família Donini, com recurso de Celso Donini, cidadão americano que falava oito idiomas e que deixou em seu testamento que todos os seus bens eram para ser repartidos para hospitais e comunidades religiosas, entre elas a Chiesetta.
Celso seguiu a vida religiosa até antes de receber o sacramento da Ordem, mas deixou o seminário para dedicar-se principalmente como professor, filósofo e bibliotecário. Durante décadas morou nos Estados Unidos e naturalizou-se americano, como conta o irmão Vicente, que foi depositário do testamento do irmão.
Por consenso da família, foi construído o espaço memorial que serve para as reuniões da diretoria do Instituto Chiesetta Alpina, biblioteca e guarda de documentos e relíquias, como um crucifixo de mais de 300 anos vindo da Itália e doado por Afra Tomaselli, de Vallada Agordina, onde fica a Igreja de São Simão, que inspirou arquitetonicamente a Chiesetta.
Outras relíquias devem enriquecer o acervo. Existe um entendimento de que materiais em duplicidade no museu e na casa de nascimento de Albino Luciani (Papa João Paulo I), em Canale D’Agordo, Belluno, Itália, serão encaminhados a Jaraguá do Sul, para a Chiesetta Alpina, que será a primeira igreja do mundo como padroeiro, depois de sua elevação como santo da Igreja Católica.