O empresário e ex-vereador Paulo Ademir Floriani, representante da Casa de Apoio Padre Aloísio, entidade que realiza o acolhimento e tratamento de dependentes químicos, esteve na Câmara Municipal para comentar os trabalhos realizados pela associação. Ele ressaltou a necessidade de aportes do poder público, em especial, por parte do Executivo Municipal.
“Nós já estamos lá há 19 anos e já acolhemos cerca de 1,3 mil pessoas. Tem um índice que eu diria até assustador. Nosso índice de recuperação, pelos levantamentos e acompanhamentos que nós fizemos na casa chega de 30 a 31%. O índice nacional chega a 7%”, expôs Floriani. Durante 2024, a Casa serviu mais de 24 mil refeições, com um valor investido para os cargos da entidade de R$ 350 mil.
Para Floriani, o auxílio para a manutenção dos trabalhos é urgente, pois a Casa corre o risco de fechar. Atualmente, apenas o governo do Estado realiza repasse para a entidade, e para cada uma das 24 pessoas em tratamento, são pagos R$ 1,5 mil. Os custos chegam a R$ 35 mil por mês, enquanto a receita fica por volta dos R$ 15 mil.
Casa de Apoio Padre Aloísio corre o risco de fechar, alerta representante. Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br
O representante também sublinhou o trabalho de diversos voluntários, como institutos de vida consagrada católicos, pastorais, Alcoólicos Anônimos, Narcóticos Anônimos e Rotary, que, de acordo com Floriani, realizam 99% do trabalho da associação.
“Quanto custam essas pessoas na rua, com serviço médico, hospitalar, CAPS, acidentes, violência, intervenções com serviço de segurança pública?”, questionou o representante, ao afirmar que um repasse mensal teria reflexos em outros custos pagos pela Prefeitura Municipal.
Ele também comentou que municípios como Araquari, Criciúma, Blumenau e Chapecó realizam projetos eficientes para pessoas em situação de rua e dependentes químicos, e lamentou que as cidades da região não se mobilizam para sanar essa situação.