Bobi não foi apenas um cachorro comum. Ele se tornou, o cão mais velho já registrado na história, vivendo supostamente 31 anos e 165 dias na pequena vila de Conqueiros, em Portugal. De raça Rafeiro do Alentejo, Bobi virou celebridade global ao receber o título do Guinness World Records, emocionando amantes de animais de todas as partes do mundo.
Nascido em 1992, quando seu tutor Leonel Costa, tinha apenas 8 anos de idade, Bobi viveu toda sua vida em liberdade. Sem coleira, cercas ou correntes, ele caminhava livremente pelo terreno da casa da família, em um ambiente descrito como calmo e tranquilo. Costa afirma que o cachorro sempre foi tratado com respeito e recebeu alimentação natural, à base de comida humana levemente adaptada — sem temperos ou condimentos agressivos.
“Ele era inteiramente de casa. Livre, respeitado, sem interferência, sem estresse”, relatou o tutor em entrevistas à imprensa. Segundo ele, Bobi nunca viveu em ambiente urbano ou cercado por ruídos e agitação. Com esse estilo de vida simples, o cão passou mais de três décadas ao lado da família, acompanhando gerações.
Superando a expectativa de vida
Sua longevidade superou até mesmo as expectativas da própria raça. Os cães Rafeiro do Alentejo têm, em média, uma expectativa de vida entre 12 e 14 anos. Bobi viveu mais que o dobro, o que despertou curiosidade e admiração mundo afora.
Sua história rodou o planeta e serviu de inspiração para muitos donos de animais. O recorde foi oficializado em fevereiro de 2023 pelo Guinness e Bobi chegou a receber homenagens, presentes, além de visitas de veterinários e jornalistas. Sua história sensibilizou o público e virou símbolo da relação entre cuidado, liberdade e qualidade de vida para os pets.
Bobi faleceu em outubro de 2023, deixando uma legião de admiradores e um legado de afeto e simplicidade. Ele era mais do que um recordista — era parte de uma família e símbolo de uma vida vivida com dignidade.
Perda do recorde e dúvidas sobre a idade
Em fevereiro de 2024, o Guinness World Records abriu uma investigação após questionamentos de veterinários e especialistas sobre a veracidade dos documentos que comprovavam sua idade. Em fevereiro de 2024, a organização decidiu revogar oficialmente o título.
“A evidência da idade do Bobi eram os dados do microchip que estava nele, provenientes da base de dados do governo português, o SIAC. Quando Bobi foi chipado em 2022, o sistema não exigia prova de idade para cães nascidos antes de 2008”, explicou Mark McKinley, diretor do Guinness. “Ficamos sem qualquer evidência que pudesse confirmar a data de nascimento do Bobi”, completou.
O dono de Bobi foi informado da decisão, mas o Guinness informou que está aberto a novas evidências, caso surjam. Por enquanto, o título de cão mais velho do mundo segue vago.
Outros cães que viveram além do esperado
Mesmo com a retirada do título, Bobi ainda se junta a uma lista restrita de cães que surpreenderam o mundo com sua longevidade. Veja alguns exemplos:
- Bluey (29 anos e 5 meses): pastor australiano nascido em 1910 e detentor do recorde anterior por quase um século.
- Maggie (30 anos): viveu na Austrália e chamou atenção por sua vida longa, apesar de não ter sido oficialmente reconhecida.
- TobyKeith (21 anos): chihuahua que foi listado como o mais velho vivo por um tempo.
Raças de cães com maior expectativa de vida
De acordo com especialistas, cães de raças pequenas tendem a viver mais do que os de grande porte. Entre as raças com maior longevidade média, estão:
- Chihuahua
- Dachshund (salsicha)
- Poodle Toy
- Shih Tzu
- Yorkshire Terrier
- Maltês
- Lhasa Apso
Essas raças geralmente vivem entre 12 e 18 anos, dependendo da genética, alimentação, ambiente e cuidados com a saúde.
Apesar de não manter o recorde oficialmente, Bobi segue sendo lembrado com carinho por quem acompanhou sua história. Sua jornada é um lembrete de que, com amor, cuidado e um pouco de liberdade, até um simples cão pode conquistar o mundo.
Fonte: CNN Brasil
Fique sempre bem informado!
Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br
