Litoral Norte de SC aumenta produção de arroz e alcança recorde na safra 2024/25. Participe do nosso grupo de WhatsApp e acompanhe as principais notícias do País. Acesse: www.observamais.com.br
Os municípios do Litoral Norte de Santa Catarina colheram mais de 291 mil toneladas de arroz, o que representa um aumento de 4,23% em relação ao ano anterior e configura um recorde para a região. Os números demonstram a vitalidade da rizicultura catarinense e o bom desempenho dos cultivares desenvolvidos pela Epagri, mas também impõem uma série de desafios ao setor produtivo, como dar escoamento ao excesso de produção. Este e outros temas foram tratados no último dia 27 de junho, durante o 25º Seminário de Avaliação da Safra de Arroz no Litoral Norte, realizado na Estação Experimental da Epagri em Itajaí.
Estavam presentes no evento representantes de toda a cadeia produtiva. Foram apresentados os resultados de 25 Unidades de Referência Técnica (URTs), que são propriedades rurais selecionadas pela Epagri para demonstrar, validar e difundir tecnologias agrícolas. Nestas propriedades foram plantados sete cultivares de arroz desenvolvidos pela Epagri, para avaliar a produtividade. O SCBRS126 Dueto alcançou o maior rendimento (12.035 sacas), seguido do SCS122 Miura (10.631) e SCS127 CL (10.551).
A analista de socioeconomia da Epagri/Cepa, Glaucia Padrão, fez um amplo panorama da rizicultura catarinense, revelando o desempenho da produção por município, os cultivares plantados, a incidência de pragas e doenças, o custo de produção e a relação entre este custo e arrendamento de áreas para plantio. O Litoral Norte é a região com maior índice de áreas arrendadas (55,9%), em relação ao Sul (53,1%) e Alto Vale do Itajaí (48,3%). E isto pode ser um problema num ano de excesso de produção e queda de preço.

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Produtividade alcança até 180 sacas por hectare, segundo especialista
A produtividade dos municípios do Litoral Norte variou entre 160 e 180 sacas, e a decisão de arrendar deve levar em consideração não só essa informação, como também os preços de mercado. Quanto maior a produtividade e/ou os preços praticados, maior a capacidade de arrendar. Mas, no cenário atual, com preços próximos à R$ 60,00 a saca de 50 kg, já fica inviável arcar com os custos do arrendamento”, alerta. A boa notícia é que, por causa da queda do dólar no período, o custo de produção caiu 7,56%, permitindo que parte dos agricultores não ficassem no vermelho.
“Uma forma de minimizar os efeitos do excedente de arroz é escalonar a venda ao longo do ano e não vender tudo na hora da colheita, quando o preço está mais baixo”, recomenda. Mas, a pesquisadora sabe que muitos agricultores vendem toda a produção para ter capital e poder acessar crédito para a próxima safra. “O arrendamento é justificável quando o agricultor tem muito maquinário e precisa de mais terra para produzir, mas é sempre preciso levar em conta o custo de produção para fechar a conta”, reitera Gláucia Padrão.
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