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Como a alta da Selic impacta o trabalhador, o pequeno comércio e a classe média

Copom eleva Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006. Decisão unânime do Banco Central visa controlar inflação e manter estabilidade econômica.
Como a alta da Selic impacta o trabalhador, o pequeno comércio e a classe média
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Com a taxa Selic agora em 15% ao ano, os efeitos não ficam restritos ao mercado financeiro. O impacto é sentido diretamente no bolso do trabalhador, nas contas dos pequenos empresários e nas decisões da classe média brasileira. Entenda:

Trabalhador: renda mais pressionada e crédito mais caro

Para quem vive de salário, especialmente assalariados e informais, a alta da Selic costuma significar menos acesso ao crédito e maior dificuldade para renegociar dívidas. Cartão de crédito, cheque especial e empréstimos pessoais tendem a ficar mais caros. Isso reduz o poder de compra da população e aumenta o risco de inadimplência.

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Além disso, com a economia mais desacelerada, empresas postergam contratações ou cortam gastos — o que pode afetar o nível de emprego e congelar salários.

Pequeno comércio: queda no consumo e dificuldade para investir

Empresários de pequenos e médios negócios, especialmente no varejo e serviços, são fortemente afetados. Com os juros altos, os clientes compram menos, parcelam menos, e priorizam produtos básicos. Isso gera queda nas vendas.

Além disso, os próprios empresários enfrentam dificuldades para obter crédito bancário com condições razoáveis. Muitos deixam de investir, expandir ou até mesmo repor estoque, o que pode comprometer o crescimento do negócio.

Classe média: freio nos sonhos e aumento do endividamento

A classe média, que historicamente sustenta boa parte do consumo no país, também sente os efeitos da Selic em alta. Financiamentos imobiliários, de veículos e até consórcios se tornam mais caros ou menos vantajosos. Muitos adiam planos como trocar de carro, fazer reformas ou até cursar uma pós-graduação.

Além disso, quem já tem dívidas sente o aperto: as prestações pesam mais no orçamento, e o acesso ao crédito fica mais restrito. Isso pode levar ao aumento do endividamento e da inadimplência, cenário já preocupante no país.

Copom eleva Selic para 15% ao ano, maior patamar desde 2006

Decisão unânime do Banco Central visa conter a inflação persistente em meio a cenário econômico desafiador

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu, nesta quarta-feira (18), elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, fixando os juros básicos da economia brasileira em 15% ao ano. A decisão foi unânime entre os diretores da instituição.

Com o novo reajuste, a taxa atinge o maior nível desde maio de 2006, quando o patamar estava em 15,25% ao ano. A medida vem em um momento de inflação ainda resistente, câmbio pressionado e aumento das incertezas fiscais, o que, segundo o BC, exige uma política monetária mais restritiva.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Copom, a alta dos juros tem como objetivo principal ancorar as expectativas inflacionárias e manter o compromisso com o controle dos preços. O comitê também indicou que novas decisões dependerão da evolução dos dados econômicos, reforçando a postura de cautela e vigilância.

Impactos para a economia

A elevação da Selic impacta diretamente o custo do crédito para empresas e consumidores, afetando desde o financiamento de bens duráveis até os empréstimos pessoais. Em contrapartida, aplicações financeiras em renda fixa se tornam mais atrativas, especialmente para investidores conservadores.

Especialistas apontam que, embora a medida ajude a conter a inflação, ela pode desacelerar ainda mais o crescimento econômico, pressionando o consumo e os investimentos produtivos.

O que esperar a seguir

Com a nova alta, o mercado volta as atenções para os próximos passos da política monetária e os efeitos da decisão sobre os indicadores econômicos. A sinalização do Copom indica prudência e reforça a importância do equilíbrio fiscal como fator de confiança para os agentes econômicos.

Em resumo:

  • Mais caro para comprar, parcelar e financiar
  • Menor poder de compra e mais dificuldades para investir
  • Economia tende a desacelerar ainda mais no curto prazo

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