Na boleia da verdade: o que meu primo me ensinou sobre segurança pública

O que aprendi com meu primo que passou 20 anos na segurança pública
Segurança Pública - Na boleia da verdade: o que meu primo me ensinou sobre a SP
Foto: Segurança Pública - Na boleia da verdade: o que meu primo me ensinou sobre a SP

Por Emerson, caminhoneiro e filho da estrada

Segurança Pública – O que aprendi com meu primo que passou 20 anos na polícia

Quem vê um caminhão passando por aí não imagina quantas conversas, histórias e aprendizados a gente carrega na boleia. O asfalto ensina muito. Mas algumas lições vêm mesmo é das paradas, das conversas com gente que vive outras rotinas, outras batalhas. É o caso do meu primo, que passou mais de 20 anos trabalhando na segurança pública, dentro de uma das polícias estaduais desse nosso Brasil tão grande.

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Segundo ele, aquilo ali é quase uma empresa — das grandes. Tem estrutura, tem orçamento, tem comando… mas não funciona como empresa. Porque ao invés de dar resultado, só gera prejuízo. E quem paga essa conta, como sempre, é o povo. Somos nós.

Segurança Pública - Na boleia da verdade: o que meu primo me ensinou sobre a SP
Segurança Pública – Na boleia da verdade: o que meu primo me ensinou sobre a SP

Meu primo me contou que lá dentro tudo é engessado. O organograma é desenhado por políticos, que pouco entendem de segurança, mas insistem em botar o dedo e deixar sua marca. Resultado? Gente que nunca pôs o pé na rua ou liderou uma operação vira chefe, só porque subiu no tempo certo, puxando os cordões certos.

O pior, ele dizia, é quando aparece alguém com boa vontade. Gente com ideias, projetos, soluções… Sabe o que acontece com esses? São encostados. Literalmente. Colocados na “geladeira”, pra ninguém ouvir. Parece absurdo, mas é real. E não é raro.

Enquanto isso, nós seguimos sendo vítimas. Pagamos imposto, e ainda assim perdemos carga, caminhão e até companheiros de estrada para a criminalidade. Tudo porque o sistema não forma bons profissionais, e o comando está mais preocupado em agradar políticos do que proteger a sociedade.

E toda vez que estoura um escândalo, a resposta é a mesma: algum político aparece no noticiário prometendo milhões. Dinheiro pra resolver a crise. Só que nada muda. É tudo cena pra audiência. O caos continua, só muda o cenário.

O meu primo dizia uma coisa que nunca saiu da minha cabeça:

“Na segurança pública, quem tenta fazer diferente é silenciado. O sistema não quer mudança, quer continuidade.”

E é por isso que, pra mim, esse modelo estatal de segurança pública é um gigante sem rumo. Não tem concorrente, não tem cobrança real de resultado e não tem espaço pra quem sonha com um serviço melhor. É como rodar com o freio de mão puxado: gasta mais, anda menos e o prejuízo é certo.

Eu sigo minha rota, cruzando estados, ouvindo histórias e observando esse Brasil que tanto amo. Mas toda vez que vejo uma viatura parada sem combustível ou um policial desmotivado num posto, lembro do meu primo e penso: até quando vamos tolerar uma estrutura que só nos deixa inseguros?

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