Coluna

Política e Políticos – Certificação para bingos

Política e Políticos – O jornalista Celso Machado comenta os principais acontecimentos de Santa Catarina e da região

Por: Celso Machado

Publicado em 15 de maio de 2025
às 01:32.

_{^{Política e Políticos – e-mail da coluna: jornalismo@jdv.com.br}}

Certificação para bingos

Tramita na Assembleia Legislativa um projeto de lei criando a certificação dos bingos beneficentes promovidos por entidades filantrópicas, assinado pelo deputado Antídio Lunelli (MDB). Com parecer favorável do deputado relator da proposta, Vicente Caropreso (PSDB). “Encerrando a insegurança jurídica de comunidades que realizam bingos para promover lazer, confraternização e arrecadar recursos para manter suas atividades ou apoiar causas sociais”, observou Caropreso. Trazendo segurança aos grupos de idosos, pastorais, associações de bairros e outras organizações que fazem dos bingos a forma de sustentar suas ações. Um exemplo: as chamadas Bets, com apostas virtuais que superam R$ 30 bilhões/mês, levando milhões de pessoas ao vício e ao endividamento, não sofrem fiscalização ou restrições significativas. Ao contrário das barreiras impostas às iniciativas comunitárias. Bingo!

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“O estado (SC) recebe continuamente habitantes de outras regiões, assim as demandas por serviços públicos e infraestrutura aumentam”. Palavras do presidente da FIESC, Mario Cezar de Aguiar.
Em cidades com pleno emprego, como Jaraguá do Sul, sotaques nortistas e nordestinos são inconfundíveis no comércio varejista, como supermercados e atacadistas. Por aqui encontra-se pessoas do Pará, Piauí e até de Roraima.
A oferta de empregos segue em crescimento, mas o custo público por habitante, também. Essa migração se dá pela nenhuma perspectiva de vida melhor em outras regiões do país historicamente marcadas pela pobreza e violência.
PL, MDB, PP, Republicanos, PRD, Novo, União Brasil e Podemos são os partidos já atrelados à reeleição do governador Jorginho Mello (PL). E que vão indicar o vice e os candidatos ao Senado.
Do outro lado está o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), para quem não sobrou nada e, pior, com dissidências importantes no próprio PSD. E nem pensar em chapa pura na realidade atual para um embate político desta natureza.
Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD, é esperado dia 5 de junho, em Criciúma, para encontro do partido. E aí vai se ver se Rodrigues tem bala na agulha. Não pelo público, que não deve ser pequeno, mas com apoiadores de peso. Ou seja, com votos.

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Gestão privada é o caminho

Prefeitura de Joinville deve conceder à iniciativa privada a gestão da rodoviária ainda em 2025. O imóvel pertence ao Instituto dos Servidores Públicos de Joinville, a quem o município paga aluguel mensal em torno de R$ 215 mil para uso do terminal. O prédio foi repassado ao Ipreville no governo do ex-prefeito Udo Doheller (MDB) como parte de dívida da contribuição previdenciária patronal. Foi avaliado em R$ 21,2 milhões (2023), com algumas tentativas de venda fracassadas. Mas a concessão é o caminho. Florianópolis e Blumenau já fizeram isso. E talvez seja a hora de Jaraguá do Sul avaliar a ideia. Rodoviárias só dão prejuízos quando gerenciadas pelo poder público. São legítimos trambolhos.

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Deputado federal Eriberto Medeiros (PSB/PE) é autor de projeto de lei reduzindo a carga horária de policiais civis e penais (atualmente determinada pelos governos estaduais) para no máximo 144 horas mensais.
A proposta também prevê garantias de recebimento de horas extras e pagamento em dobro pelo trabalho aos domingos e feriados. Hoje, a jornada é de até 180 horas mensais. Medeiros diz que a mudança é necessária para preservar a saúde física e mental dos policiais.
Porém, há resistência visto o impacto financeiro que isso causaria na folha de salários dos servidores estaduais. Números de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostram que há, no Brasil, cerca de 114 mil policiais civis ativos. E outros 100 mil policiais penais.
O pedido de abertura de uma CPMI para investigar a roubalheira no INSS tem 259 assinaturas, bem mais que o exigido. Do total, 132 são de deputados e senadores do PSB (partido do vice Geraldo Alckmin), PSD, MDB, União, Republicanos e PP. Todos com ministérios no governo Lula da Silva (PT).

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STF abraça o “todes”

O tal do “todes”, no lugar das expressões todos ou todas, foi mantido pelo Supremo Tribunal Federal, acatando ação do PT e invalidando norma baixada pelo governador Jorginho Mello (PL) que proibia o uso da chamada linguagem neutra em órgãos públicos e escolas da rede estadual de ensino. O “supremo”, com relatoria favorável do ministro Kassio Nunes Marques, indicado Jair Bolsonaro (PL) em 2020, entende ser exclusivo do governo federal (o Ministério da Educação já aprovou) a edição de normas com base curricular única e de amplitude nacional, desde a educação infantil ao ensino médio. A chamada linguagem neutra nasceu e expandiu-se pelo país através das comunidades LGBTQIA+ e feministas.